domingo, 10 de novembro de 2013

A cor da cultura

A Cor Da Cultura: Formação para professores de Vitória discute valores afro-brasileiros



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Importante programa de formação de professores que busca a valorização do patrimônio cultural afro-brasileiro e de reconhecimento da história e da contribuição da população negra, o projeto "A Cor da Cultura" teve início esta semana em Vitória e impressionou o secretário executivo do Centro de Articulação das Populações Marginalizadas, Luis Carlos Semog.

O projeto visa contribuir para a implementação da lei nº 10.639 e, no mesmo sentido, a Secretaria Municipal de Educação (Seme) propõe avançar com o objetivo de inserir e garantir a temática nas práticas curriculares das unidades de ensino.

"A lei determina o ensino da história e da cultura africana e afro-brasileira nas escolas públicas e particulares. Você não pode ter um país com mais de 200 milhões de habitantes em que a metade é de negros e mestiços e não ter a história desse povo dentro da história brasileira. Essa visita a Vitória é exatamente para formar professores das redes municipal, estadual e particular para a aplicação dessa lei. O que nos impressionou nesse trabalho foram a sensibilidade e a disposição dos professores em receber esse conteúdo", disse Semog.

A "Cor da Cultura" é um projeto educativo de valorização da cultura afro-brasileira por meio de programas audiovisuais, fruto de uma parceria entre Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR) da Presidência da República, Ministério da Educação, Fundação Cultural Palmares, Canal Futura, Petrobras e Centro de Informação e Documentação do Artista Negro (Cidan). "A história dos afrodescendentes no Brasil nos constitui. Por isso, é preciso celebrar cada conquista que rompe com a invisibilidade e afirma a trajetória desses valentes", afirmou a secretária municipal de Educação, Adriana Sperandio.

Semog recomendou a continuidade do programa. "É necessário que governos estaduais e municipais invistam mais na formação de professores, e não permitir que essas conquistas recuem, afinal a escola é o principal bem e o principal patrimônio público. O povo brasileiro negro depende da escola pública e, para ele crescer e se desenvolver, ele precisa de um bom professor", propôs.

O formador do Núcleo Gestor dos Afro-brasileiros da Universidade Federal de Uberlândia (Minas Gerais), João Gabriel do Nascimento, também ficou com boas impressões do projeto. "Estou diante de um público muito diverso, mas bem interessado. Para tratar de uma temática tão cara para o Brasil e para nós, negros, é de extrema importância agregar todo tipo de força. Seja professor, gestor, merendeiro, todos num mesmo local, para se capacitar com o objetivo de abordar a temática no cotidiano escolar é uma tremenda vitória. Fico muito satisfeito de ver o empenho dos professores em Vitória em buscar mais conhecimentos, novas técnicas, para levar um conteúdo não racista para a sala de aula", comemorou.

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